sexta-feira, setembro 15, 2006

What we are

somos todos macaquinhos....

quinta-feira, setembro 14, 2006

esta musica está tambem no meu ranking pessoal, além da Lauryn Hill ter uma voz linda, a letra faz-nos pensar, e a musica está perfeita!!!!

Lauryn Hill - Ex Factor



It could all be so simple
but you'd rather make it hard
loving you is like a battle
and we boyh end up with scars
tell me, who i have to be
to get some reciprocity
no one loves you more than me
and no one ever will
is just a silly game
that forces you to act this way
forces you to scream my name
then pretend that you can't stay
tell me, who i have to be
to get some reciprocity
no one loves you more than me and no one ever will.
No matter how i think we grow
you always seem to let me know
it ain't workin'
it ain't workin'
and when i try ti walk away
you'd hurt yourself to make me stay
this is crazy
this is crazy
i keep letting you back in
how can i explain myself
as painful as this thing has been
i just can't be with no one else
see i know what we have got to do
you'll let go and i'll let go too
cause no one's hurt me more than you
and no one ever will
care for me, care for me
i know you care for me
there for me there for me
said you'd be there for me
cry for me cry for me
you said you'd die for me
give to me give to me
why don't you live for me
Qualquer um pode zangar-se - isso é facil. Mas zangar-se com a pessoa certa, na justa medida, no momento certo, pela razão certa e da maneira certa - isso não é facil.

Aristóteles

quarta-feira, setembro 13, 2006

Gato Fedorento - Gajas boas

ok, como o blog tava ja a ficar um bocado secante, temos q rir tambem, uma das melhores coisas da vida - RIR.... e com este vao rir...

terça-feira, setembro 12, 2006

Em 2206 ainda vamos pensar que o 11-S mundou o mundo?
Talvez num mundo futuro dominado pela China, o que vai ser importante é um qualquer acontecimento da história chinesa e não o ataque a um país que, contam os bisavós, um dia foi uma superpotência. Talvez. Mas o 11 de Setembro mudou certamente o nosso mundo.
Daqui a duzentos anos estaremos a recordar o 11 de Setembro de 2001 com artigos de jornal e peças televisivas a falar do acontecimento que "mudou o mundo" e "inaugurou uma nova era"? Ou os atentados contra o World Trade Center e o Pentágono ter-se-ão transformado numa referência menor nos livros de História?
A 11 de Setembro de 2001, no momento em que os aviões chocaram com as Torres Gémeas, ninguém tinha dúvidas de que o mundo nunca mais seria o mesmo (e não era só no Ocidente, sondagens no Médio Oriente, na Rússia ou na Ásia indicavam o mesmo). Mas passaram cinco anos - apenas cinco - e William J. Dobson assina um texto na revista Foreign Policy com o título provocatório O Dia em que Não Mudou Grande Coisa.
Argumentos de Dobson: a globalização não foi travada nem regrediu, como muitos tinham previsto; não houve uma crise económica profunda; e os assuntos que discutimos hoje não são muito diferentes dos que discutíamos no dia 10 de Setembro de 2001. Será assim?"O meu mundo hoje, em Setembro de 2006, foi transformado pelo 11 de Setembro de 2001", garante Rui Ramos, historiador.
Mas temos que distinguir entre as grandes narrativas históricas e "as histórias". "Que importância teve para a história do mundo o assassínio de John Kennedy? É discutível. Mas para a forma como uma geração se relacionava com a política nos Estados Unidos e no Ocidente teve muita importância.
Foi o fim dos sonhos.
Se colocarmos os atentados num quadro temporal alargado, que inclua, por exemplo, o século XX, o 11 de Setembro pode parecer menor. O historiador António Hespanha lembra que ainda há pouco mais de 60 anos houve duas bombas atómicas lançadas sobre cidades japonesas, que mataram milhões de pessoas e continuam a matar até hoje, e que antes disso houve o Holocausto, houve o bombardeamento de Dresden.
Ao pé destes acontecimentos, o 11 de Setembro "é relativamente sóbrio". Mesmo assim, muita coisa mudou desde aquele dia. "Apareceu uma sensibilidade nova para o chamado terrorismo", admite Hespanha, e, embora o terrorismo não seja um fenómeno novo, nunca antes se tinham usado aviões de passageiros contra edifícios cheios de civis.
Terceiro ataque de sempre contra os EUA
Pedro Oliveira, especialista em história do século XX, considera que muita coisa mudou e que não podemos minimizar o acontecimento. "Só duas vezes antes é que os EUA tinham sido atacados em solo nacional, a primeira no século XIX em Washington pelos britânicos, e a segunda pelos japoneses em Pearl Harbour, o que motivou a sua entrada na II Guerra Mundial. Por isso, o 11 de Setembro teve "um impacto tremendo na psique americana", ao inaugurar um "tipo de terrorismo apocalíptico" que ainda não sabemos onde irá conduzir o mundo. Além disso, o ataque "pôs em marcha um conjunto de decisões políticas que vão ter consequências muito duradouras", a começar pela guerra no Iraque.
Mas poderemos nós, à distância de cinco anos, saber se este é um daqueles acontecimentos que um dia serão ensinados nas aulas de História como um momento de viragem, em que o mundo entrou numa nova fase? O 11 de Setembro aconteceu numa alturaem que se discutia se a História teria acabado. Com a queda do Muro de Berlim, em 1989, chegara-se ao fim de uma era, e começara um período de prosperidade e optimismo - à falta de melhor chamou-se-lhe o pós-guerra fria - em que nada de muito preocupante parecia abalar a nossa pequena história. Durou pouco mais de dez anos. E acabou precisamente no dia 11 de Setembro de 2001. E o que começou? Não houve, para já, uma mudança no equilíbrio de poderes.
Os EUA continuam a ser a única superpotência, estatuto que conquistaram com o fim da União Soviética (este, sem dúvida, um acontecimento avassalador, uma mudança histórica, um momento de viragem). O conflito do Médio Oriente também não foi resolvido. A China não travou o seu implacável crescimento económico.E, no entanto, nós vimos, nós "sentimos" a História a mudar. "Se possuímos ainda hoje uma memória sólida do lugar onde nos encontrávamos quando se soube do ataque, daquilo que então sentimos e restantes circunstâncias pessoais é porque, no fundo, já sabíamos que o mundo tinha mudado antes de os media no-lo dizerem", escreveu Rui Tavares no capítulo inicial do seu O Pequeno Livro do Grande Terramoto, capítulo precisamente sobre a ideia de que há "dias que mudaram o mundo". E o 11 de Setembro de 2001 é um daqueles acontecimentos sobre os quais durante muito tempo perguntaremos "onde estavas naquele dia?".
in PUBLICO
...11 de Setembro foi há cinco anos...

Nos últimos cinco anos, passámos a olhar para o mundo de forma diferente. A procurar respostas para outros problemas ou a dar outras respostas para as mesmas perguntas. Estamos em guerra? Contra quem? Em nome de quê?

Basta revisitar as páginas da imprensa ocidental no ano da viragem do século para verificar até que ponto ninguém estava intelectual e politicamente preparado para o que viria a acontecer nessa manhã soalheira em Nova Iorque. O que ainda fazia crédito entre os intelectuais eram as repercussões do Fim da História de Francis Fukuyama — a vitória das democracias sobre o último dos totalitarismo permitia antecipar uma nova ordem internacional pós-guerra fria determinada pelos valores do Ocidente. Debatia-se o papel da única superpotência e como domar o seu poder, pondo-o ao serviço do multilateralismo. Previa-se uma “hegemonia benigna”.

Na sequência das intervenções militares na Bósnia (1995) e no Kosovo (1999), os aliados da NATO tentavam encontrar uma nova legitimidade para as “intervenções humanitárias”. E, na sede das Nações Unidas, Kofi Annan propunha uma nova doutrina segundo a qual a soberania dos indivíduos deveria sobrepor-se à soberania dos Estados.

Depois do “love affair” de Bill Clinton com o mundo, George W. Bush já chegara à Casa Branca. Havia sinais preocupantes, mas que se inscreviam ainda na coluna dos cenários improváveis. Samuel Huntington publicara o seu célebre livro Choque das Civilizações. No Afeganistão, os taliban decapitavam pessoas em praça pública. Ossama bin Laden já emitira uma proclamação anunciando “a frente mundial islâmica contra os judeus e os cruzados”. Os sinais estavam lá. Mas as luzes ainda não se tinham acendido, todas ao mesmo tempo, no palco mundial. Passámos a olhar para o mundo de outra maneira. Os livros que procuramos nas livrarias são sobre outros temas. Os títulos dos jornais obedecem a outros critérios.
Estamos ou não em guerra?
O Governo americano definiu desde a primeira hora a resposta aos ataques do 11 de Setembro como uma guerra. No sentido clássico do termo, não apenas metafórico. No dia 11 de Setembro de 2001, a América sentiu-se atacada. Como em Pearl Harbour. Está em guerra e age em conformidade. Cinco anos depois, George W. Bush voltou a declarar a guerra contra o terror como “o combate ideológico decisivo do século XXI”. Com um só inimigo: “os jihadistas, sucessores dos fascistas, nazis, comunistas e outros totalitarismos”. Como Osama bin Laden é o sucessor de Hitler e de Lenine. “Na guerra, a narrativa é muito mais do que apenas uma história”, escreve Michael Vlahos, na revista americana The National Interest. “Significa uma estratégia a partir da qual tudo o resto se funda”.
Na Europa, não foi esta a narrativa que emergiu depois do 11 de Setembro. Nem depois do 11 de Março ou do 7 de Julho. “É esta, talvez, a diferença maior entre os EUA depois do 11 de Setembro e a Europa depois do 11 de Março”, escrevia no PÚBLICO Dominique Moisi, professor francês de Relações Internacionais, no dia do 4º aniversário dos atentados contra as Torres Gémeas. Para os europeus, o terrorismo, nas suas múltiplas faces, do IRA à ETA passando pelas Brigadas Vermelhas, não é uma novidade. Foram precisos 50 milhões de mortos para vencer o nazismo. Estão mais inclinados a perguntar, como Estaline sobre o Vaticano, quantas divisões possui a Al-Qaeda. Cinco anos depois, em que novos termos se trava o debate em torno desta “guerra”? Depois do desastre iraquiano, das dificuldades crescentes no Afeganistão, da nova ameaça iraniana, da guerra no Líbano, os analistas de ambos os lados do Atlântico interrogam-se sobre os resultados da guerra declarada por Bush contra o terror.
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A “revolução” americana chegou ao fim?
Francis Fukuyama transformou-se num “realista”? George W. Bush converteu-se ao internacionalismo liberal? Os neoconservadores foram derrotados pelos bons velhos conservadores republicanos?Cinco anos depois dos atentados de 11 de Setembro, que deram origem à “Doutrina Bush” sobre a “guerra preventiva” e a “mudança de regime”, se necessário pela força, para impor a democracia no Médio Oriente, o debate entre as diversas escolas que procuram influenciar a acção americana no mundo parece estar a mudar. A razão é simples: a percepção do fracasso americano no Iraque. O resultado também: está a ser progressivamente restaurada a autoridade dos defensores da chamada “escola realista” na boa velha tradição kissingeriana.A confissão pública de Francis Fukuyama sobre o seu corte com os neo-conservadores foi, talvez, a mais mediática demonstração desta viragem. Num longo artigo no New York Times, Fukuyama escreve que “o problema com a agenda dos neoconservadores não está nos seus fins, que são tão americanos como a tarte de maçã, mas antes nos meios hipermilitarizados pelos quais se pretendia alcançá-los”. O seu conselho: “O que a América precisa não é o regresso a um realismo estreito e cínico, mas da formulação de um ‘realismo wilsoniano’ que saiba adequar melhor os meios aos fins”. Poucos dias antes, Madeleine Albright, secretária de Estado de Clinton, escrevia outro artigo propondo um “idealismo realista”.
in PÚBLICO